Nara Müller

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Um erro comum mas improdutivo nos relacionamentos na famîlia Plath
08/07/2024 às 11h20

Hoje casualmente estava vendo o "Discovery Home and Heath", e como eu comprei, depois de muitos anos, 3 meses de assinatura para assistir no Max a “ casa do dragão”, pude ver que tinham muitos episódios de séries que eu não havia visualizado.

A Família Plath, na segunda temporada, já estava se desmanchando, mesmo com todos os filhos sendo criados sem internet e estudando em casa, muitos foram fazer suas vidas longe da família, o que os pais não gostaram muito, sendo um dos motivos a não possibilidade dos progenitores de terem mais como controlarem as escolhas do filhos, o mesmo que aconteceu no outro programa sobre a família Amish, da mesma rede.

Mas o mais interessante é que o casal que foi formado pelo filho mais velho também acabou em divórcio por um dos motivos que destrói a maioria dos relacionamentos: as expectativas quebradas, o hábito que muitas pessoas tem que só vão ser felizes e manterão a união, se o parceiro ou parceira preencherem os pré requisitos em suas mentes do que é uma casal ideal ou mesmo uma família feliz.

Esse tema foi largamente encenado em diversos filmes, nos mais diferentes roteiros e  diretores.

Na série em questão, o rapaz em uma terapia de casal, revela que quer uma mulher que cozinhe e assim vai conquistar o marido. Uma mentalidade que além de retrógrada, ele no fundo quer uma mãe para lhe cuidar ainda, apesar dos seus 24 anos de idade. De certa forma entendo sua carência, pois muitos filhos vieram em seguida do outro, fazendo com que sua primeira infância já fosse cheia  de carências e de responsabilidade por ser o irmão mais velho, mas não justifica que ele não percebesse que a esposa não gostava de cozinhar, mesmo antes do casamento e nunca tivessem conversado sobre ter filhos, como se o diálogo nunca tivesse existido, somente a força da paixão, que são somente um conjunto de hormônios que duram entre 3 e 5 anos e nesse período, todas as expectativas ficam enevoadas e disfarçadas de bem-estar por estar fora de casa com alguém que não a família e suas limitações impostas.

E o que acaba alegando é que todos os problemas de relacionamento que a ex-esposa tem com a família dele é ligada com os problemas que ela tem com sua família que é machista e opressora, dizendo que ela precisava fazer as pazes com as pessoas que lhe haviam feito mal. Ela responde que não voltará pelos maus tratos e ainda completa que fica difícil ter uma família com quem sabe dos problemas e dá suporte ao sistema do patriarcado.

Como saber então se estamos vivendo sobre expectativas, e não o resultado da realidade de que cada um faz o que pode, inclusive nós?

1- se desiludiu? Este também é um aspecto da quebra de expectativas, o que traz dor e sofrimento, pois ninguém pode ficar o tempo inteiro tentando agradar outros ou ser o que não é, o que cansa muito e traz desgaste e nojo no relacionamento;

2- faz de tudo para agradar, mas não consegue, por isso fica triste ou com raiva, só mostrando que não se trata como prioridade e o principal segredo do relacionamento de sucesso é se priorizar. Claro que quando o casal tem filhos, o foco fica maior para a criança que precisa de toda atenção, mas nada impede que esse trabalho seja terceirizado para que se possa ter um momento para se tratar bem como todo mundo merece;

3- reconhece seus  considerados “defeitos” e acaba ocultando para que o outro continue gostando. Uma maneira tóxica de conduzir a relação, pois somos todos diferentes e em algum momento e não estamos quebrados , e aceitamos como verdades o que nos disseram enquanto crianças e adolescentes, o que são somente a opinião dos outros e que não precisa ser a nossa para fazermos parte da família.

O que fazer então para se livrar do excesso de expectativas?

  1. cure suas feridas emocionais familiares e de adolescência e assim poderá viver mais no presente e agir no seu único momento de real poder que é o agora;
  2. pare de procurar responsáveis por sua felicidade ou infelicidade, lembrando a si mesmo, às vezes, por toda vida, que quem pode lhe fazer feliz é você;
  3. tenha tempo para si amar e demonstrar este amor por si, o que torna todo o tipo de relacionamento mais saudável, pois você já o pratica por si o que torna fácil e natural praticar pelos outros;
  4. aceite que todos mudam inclusive você, então seja grato por tudo o que já viveu com essa pessoa, para mudar o hábito de olhar somente para o que não funciona, para outras coisas que já aconteceram e estão acontecendo de bom na vida do casal. Reconhecer o que frutificou de bom na vida é muito importante, não somente para mudar o foco, mas também para mudar o que atrai da vida;
  5. fazer para receber retribuição não é assertivo nos relacionamentos, pois muitos podem estar em momentos desconfortáveis e não ter força nem vontade de ficar retribuindo, além de que todo mundo faz o que pode, como o momento, energia e tempo que tem. A retribuição de fazer algo por alguém traz bem-estar e esse já é o pagamento por dar amor pelo ato de fazer o que deseja e é correto.

Para gerenciar as feridas emocionais a técnica que é rápida e eficiente é a EFT, a acupuntura emocional sem agulhas, minha prática consistente desde 2010, que também me traz como resultados além do alívio do estresse relacional com o passado que ainda está ativo no corpo, com seus eventos desconfortáveis, traumas e crenças limitantes criadas, uma maior consciência de como ando me tratando e melhor relacionamento comigo e meu passado relacional em todos os níveis.

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